Um grupo de Professores e Educadores de todos os Agrupamentos do Concelho de Águeda entregaram, ontem, na Câmara de Águeda a Petição contra a municipalização da Educação.

Reuniram mais de onze mil assinaturas a propósito das negociações estabelecidas entre o Ministério da Educação e algumas autarquias, entre as quais se encontra a que é liderada por Gil Nadais (PS).

Os sindicados consideram que é mais um passo para o fim do serviço público.

“A disponibilidade manifestada pela Câmara Municipal traduz-se num questionável ato de colaboração com um governo que tem e quer continuar a atacar e a degradar a Escola Pública e, em geral, as chamadas funções sociais do Estado”, acusam os signatários.

Na carta enviada ao autarca de Águeda, o Sindicato de Professores da Região Centro admite que há riscos que se correm com a municipalização e lamenta o tom “secretista” das negociações.

“A iniciativa em causa, com a responsabilidade direta de V.ª Ex.ª e de mais alguns presidentes de câmara, abre portas para uma perigosa reconfiguração do sistema educativo, o que, só por si, recomendaria que não fosse lançada sem um debate generalizado, aprofundado, envolvendo todos os intervenientes e implicados”.

Com a ação desenvolvida, os professores pedem acesso aos documentos de trabalho na posse da Câmara de Águeda e exigem um debate público sobre o tema. “Não se compreende que este assunto seja assim tratado, em particular por quem diz haver pujantes vantagens para a Educação, o Ensino e para a Escola Pública”.